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DOENÇA DE ALZHEIMER: POR QUE PRECISAMOS OLHAR PARA ALÉM DA MEMÓRIA?

  • Foto do escritor: Instituto NeuroAlpha
    Instituto NeuroAlpha
  • 21 de set.
  • 3 min de leitura
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No dia 21 de Setembro, o mundo volta os olhos para a Doença de Alzheimer. Na maior parte das vezes, as mensagens associam a doença a uma única palavra: esquecimento. Mas reduzir o Alzheimer apenas à perda de memória é um equívoco que empobrece a compreensão sobre a complexidade dessa condição neurológica.


A Doença de Alzheimer é, de fato, uma doença neurodegenerativa progressiva, que compromete neurônios e redes cerebrais fundamentais para o processamento cognitivo. No entanto, seus primeiros sinais frequentemente não aparecem apenas na memória, mas em domínios mais sutis e, muitas vezes, invisíveis aos olhos do paciente e da família.


Muito além da memória: os sinais iniciais

Embora o esquecimento seja o sintoma mais considerado, as primeiras manifestações do Alzheimer podem surgir em outros domínios cognitivos e motores, muitas vezes de forma sutil. Entre eles:


  • Atenção 🧩Pequenas falhas em manter o foco, principalmente em tarefas que exigem concentração contínua. O paciente pode se distrair facilmente em conversas, perder o fio da meada em uma leitura ou esquecer instruções logo após recebê-las.


  • Funções executivas 📊Alterações na capacidade de planejar, organizar e tomar decisões. Isso pode se refletir em dificuldades no gerenciamento financeiro, na preparação de receitas que antes eram familiares ou em problemas para seguir uma sequência de etapas simples.


  • Linguagem 🗣️Sinais como dificuldade em encontrar palavras comuns, pausas frequentes no discurso, uso de termos vagos (“aquela coisa”, “aquele negócio”) ou até compreensão reduzida de frases mais complexas.


  • Funções visuoespaciais 🧭Desorientação em locais conhecidos, dificuldade para se localizar em ambientes familiares ou interpretar corretamente mapas e trajetos. Também pode incluir erros em tarefas que envolvem percepção de espaço, como estacionar um carro ou encaixar objetos.


  • Comportamentos inadequados ⚖️Alterações sutis de julgamento e conduta podem surgir precocemente. O paciente pode apresentar impulsividade incomum, comentários socialmente inapropriados, menor senso de crítica em situações cotidianas ou até desinibição em contextos sociais. Essas mudanças não são “apenas do temperamento”: refletem o comprometimento de circuitos frontais responsáveis pelo controle inibitório e pelo comportamento socialmente adequado.


  • Memória 🧠Embora não seja sempre o primeiro sinal, o comprometimento da memória episódica (eventos recentes, recados, compromissos) aparece de forma precoce e tende a se tornar progressivamente mais evidente.


Esses sinais podem anteceder em anos a fase em que o diagnóstico costuma ser feito. Reconhecê-los precocemente é crucial para iniciar estratégias de estimulação, intervenções terapêuticas e adaptações familiares que impactam diretamente na qualidade de vida.


O cérebro com Alzheimer enxerga o mundo de outra forma

O que chamamos de “esquecimento” é apenas a ponta do iceberg. A Doença de Alzheimer modifica a maneira como o cérebro processa, interpreta e responde ao ambiente. Isso significa que o indivíduo não apenas perde informações, mas passa a construir a realidade de forma diferente:


  • estímulos ambientais deixam de ser devidamente reconhecidos,

  • interações sociais se tornam mais complexas,

  • o cotidiano exige adaptações para garantir autonomia e segurança.


Por que o diagnóstico precoce muda tudo?

Identificar a Doença de Alzheimer em fases iniciais é essencial porque abre portas para:

  • Intervenções terapêuticas estruturadas, que podem retardar o avanço do declínio funcional.

  • Adaptações familiares e sociais, garantindo mais autonomia ao paciente.

  • Acesso a protocolos científicos inovadores, incluindo abordagens de Neuromodulação Não Invasiva.

Cada ano de atraso no diagnóstico representa a perda de oportunidades de intervenção.


Inovação e ciência aplicada: o olhar do Instituto NeuroAlpha

No Instituto NeuroAlpha, acreditamos que compreender a pessoa com Doença de Alzheimer significa ir além da memória. Nossos protocolos exclusivos de Neuromodulação Não Invasiva associados a exercícios cognitivo-motores criados e conduzidos pela premiada neurocientista e Fisioterapeuta Neurofuncional Profa. Dra. Cynthia Bedeschi oferecem uma perspectiva inovadora e referência de tratamento e cuidado, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e preservar funções cognitivas e motoras pelo maior tempo possível.

Trata-se de um trabalho que integra Neurociência de ponta, Fisioterapia Neurofuncional e um olhar humanizado para cada paciente e família.


Um chamado à reflexão

O Dia Mundial da Doença de Alzheimer não deve ser apenas um lembrete de que a memória pode falhar. Deve ser uma oportunidade para enxergarmos que:

  • A Doença de Alzheimer é a doença que mais acomete os idosos no mundo e a principal causa de demências - um fenômeno cerebral amplo e complexo,

  • os sinais precoces vão muito além do esquecimento,

  • o tratamento exige inovação, conhecimento científico e humanidade.


No Instituto NeuroAlpha, buscamos romper paradigmas no cuidado a pessoa com Alzheimer. Nossa atuação está alicerçada em Neurociência de ponta, inovação em Neuromodulação Não Invasiva e estratégias de intervenções terapêuticas personalizadas, que consideram a doença não apenas como um processo apenas de perdas, mas como uma reconfiguração do funcionamento cerebral. O nosso compromisso é transformar esse conhecimento em intervenções que preservem a dignidade, ampliem a qualidade de vida e ofereçam novas possibilidades para pacientes e famílias que enfrentam esse desafio.


Instituto NeuroAlpha

 
 
 

1 comentário

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Roberto
21 de set.
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Excelente texto. Informações muito preciosas.

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